igreja maranata – a ocasião deveria fazer o ladrão!?
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O comentário a respeito da Enquete nº 6 começa com essa imagem que encontrei na rede, e achei interessantíssima.
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Veio logo a minha mente uma viagem, tentando me transportar até aquele lugar, onde está aquele grande cofre, supondo o mesmo entupido de cédulas de reais, euros, dólares e outros dinheiros de outros lugares do mundo, cuja trajetória é uma série de pensamentos hipotéticos, os quais compartilho com os irmãos, pois julgo interessantes.
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A partir de então, falaremos em situações de ficção, as quais foram proporcionadas com ilações relacionadas a alguns fatos que conhecemos a respeito do escândalo da icm e hipóteses concernentes a possíveis comportamentos dos homens, que por vezes podem “meter os pés pelas mãos”!
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Vamos viajar comigo:
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Minha presença ali seria interessante se, e somente se, o conteúdo imaginado estar no cofre, fosse de minha posse e titularidade, do contrário, em pertencer a outro, não passaria de um objeto alienígena àquele cenário. O que realmente a imagem gera, em princípio, para quem é honesto, correto, e sabe que o que usufrui de conforto é proveniente de trabalho, muito trabalho, esforço, estudo, batalha, guerra. A cada dia se “mata um leão”, como se costuma dizer.
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Mas o exercício mental continua, enquanto imaginamos aquele mesmo cofre, naquele lugar, com total ausência de vigilância, repleto de dinheiros de todas as espécies, com o segredo de abertura no conhecimento de pessoas inescrupulosas, que não primam em viver do suor do rosto, mas que se aproveitam de facilidades para usufruírem de benesses, pouco importando que a alimentação do cofre é decorrente de sacrifício, privação, passagem por necessidades de alguns. Afinal, aqueles estão debaixo da planta dos “pes”!
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Na posse desses valores astronômicos, os lobos da avareza ensaiam uma pequena sangria inicial, meio tímidos, parecendo com aquele guri, que faz uma travessura, e olha para todos os lados, querendo perceber se está sendo observado, ou algum adulto gritasse de longe: “oh, moleque, tira a mão daí. Isso não é teu! Isso não te pertence!”.
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Se isso ocorresse, fatalmente as próximas investidas iriam ser mais difíceis. Aquele moleque travesso pensaria duas vezes em tentar fazer de novo outra estripulia. De igual forma, os amantes dos bens dessa vida, servos de Mamom, também ficariam temerosos a possíveis repúdios e condenações populares, visto que já na primeira tentativa, que por sinal, restou como exitosa, alguém percebeu e acusou o delito.
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Mas, ao contrário disso, a investida inicial foi pacífica, girou-se o segredo, abriu-se o cofre, pegou-se o que podia e era suportado nas roupas, e houve a saída. Ninguém viu, ninguém entendeu, ninguém percebeu ser errado, enfim, todos ao redor estavam concentrados em outras coisas, aliás tendo sido direcionados a pensar naquilo mesmo que os próprios possuidores do segredo do cofre teriam anunciado como importante.
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Diante do sucesso da primeira vez, muitas outras vezes aconteceram, seja pessoalmente, ou por amigos, ou parentes, relacionados com ao ciclo de confiança daquele que era e é possuidor do segredo que daria acesso ao conteúdo daquele cofre. Ademais, seria praticamente impossível passar despercebido o efeito daquela riqueza, totalmente incompatível com o poder aquisitivo do indivíduo. Isso fez com que se abrisse a “teia” para um número maior de pessoas que pudessem ter acesso ao cofre, e portanto conheciam a forma do enriquecimento. Além disso, dessa forma, poder-se-ia garantir um pacto de confiança entre os envolvidos naquele segredo, a ponto de um esconder o que o outro faz, sob risco da própria pele estar em jogo.
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Por fim todos já encontravam viciados naquela prática, que ninguém fora do esquema questionava, nem vinha de encontro, nem acusava, e se algum pudesse insurgir, simplesmente este seria abarcado facilmente para o grupo, quando lhe seria oferecida uma parte no bolo, porque os ingredientes para a confecção do mesmo sempre foram garantidos e não se esgotavam. Mais um ou menos um para comer o bolo não faria muita diferença, dada a vultosidade do montante acumulado.
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O que viciava também era o usufruto das consequências que aquela fonte de recursos poderia trazer, tais como abertura de empresas, compras de imóveis, no Brasil e no exterior, realização de cirurgias plásticas, aquisições de carros importados, usos de grifes chiques e caras, passeios ao redor do mundo, etc.
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Mas, aí nós voltamos ao início de tudo, lembrando da imagem do cofre ao céu aberto, sem vigilância alguma, e se realmente estivesse cheio de dinheiros, nacional e estrangeiros, e perguntamos: o cofre pode ser de quem comprou, restando a umas poucas pessoas o seu controle, mas o seu conteúdo pertence à coletividade, seria justo que algumas poucas pessoas também administrassem tais recursos, utilizando-se dos mesmos para benefício próprio?
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Alguém, em sã consciência, tomando conhecimento uma vez que o valor ali depositado, por confiança na “mão” do dono do cofre, estaria sendo desviado para outra finalidade, continuaria guardando ali as suas economias?
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Se uma vez descoberto que o dono do cofre estaria usando para si e para outros, facilitando acesso aos valores depositados no cofre, que são oriundos de outros que teriam confiado na sua honestidade, para parentes, para amigos, para compadres, ou para quem ele quisesse, e ao ser perguntado diretamente a ele, seria coerente ele negar o que estava fazendo ou confessar o erro?
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Se confessasse, talvez poderia até receber nova chance de muitos, que poderiam pensar que teria errado, dentro daquela modalidade, “a ocasião faz o ladrão”, mas que teria se arrependido, prometendo agora que não iria repetir tal ato, inclusive abrindo a chance de outro ou outros para administrarem os valores do cofre, da ignomínia que estaria passando, diante das pessoas que confiaram em sua honestidade, e foram traídas dolosamente.
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Ou então, diria que não colocou a mão naqueles valores hora nenhuma, nem favoreceu ninguém para fazê-lo. Nesse ponto, a situação fica mais difícil, visto que depois, fatalmente alguém poderá tomar conhecimento das evidências de que alguém estaria realmente fazendo o que o dono do cofre estaria negando ser a prática.
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Para essa última alternativa, a conclusão de qualquer pessoa séria, preocupada, correta, honesta, e que não gosta de ser enganada, é que a pessoa em quem se confiava piamente, a ponto de entregar valores para que pudessem ser custodiados por ele, é uma mentirosa e desonesta, pois não agiu com fidelidade nem antes das suspeitas, nem depois que alguém levantou a possibilidade de existirem irregularidades relacionadas àquela função confiada a ele em executar.
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Os desdobramentos, tanto em uma quanto a outra, das alternativas hipotéticas apresentadas acima, seriam de se ter uma total insegurança, com o efeito imediato da desconfiança que, a partir dali, resultaria na ação, por muitos, de não deixarem mais os seus dinheiros ali, e sim procurarem um outro lugar e um outro administrador mais confiável, ou simplesmente honesto.
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Ah, que bom que nada do que imaginamos está acontecendo na icm, isso tudo é mentira!
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Ou como diz o “filósofo” Caetano Velozo, com aquele sotaque baiano: “Ou não!”.
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Sei lá, só o tempo vai dizer…
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A Paz do Senhor!
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Alandati
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O resultado da pesquisa foi:
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94 %, aproximadamente, entende que “O que fizeram foi algo ilegal, antiético, imoral, pois além de abrirem as empresas particulares com o dinheiro dos “dízimos”, ainda executam serviços exclusivos e superfaturados.”, e
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6 %, aproximadamente, entende que “Eu concordo que os pastores, familiares e amigos sejam até titulares de empresas, mas não que tenham integralizado as mesmas com o “dízimo” dos irmãos.”.
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Graças a Deus ninguém corroborou as outras assertivas que versavam sobre, de um jeito ou de outro, avalizarem uma possível atitude de beneficiamento próprio e dos “chegados”, relacionados a um nepotismo claro, por parte dos administradores do pes, e consequentemente da icm.
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O acesso à enquete é o link abaixo:
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http://diganaoaseita.wordpress.com/2012/10/18/enquete-no-6/
fonte: https://diganaoaseita.wordpress.com/2012/11/19/a-ocasiao-deveria-fazer-o-ladrao/